Geografia
DINÂMICA DA LITOSFERA
LITOSFERA
E SUA DINÂMICA
Listosfera de tempos em tempos, temos noticias sobre terremotos ou erupção de um vulcão, mostrando com clareza que a crosta terrestre - a camada mais superficial do planeta - não é estática. Ela se movimenta lenta e constantemente, alterando a distribuição dos continentes e dos oceanos. A Litosfera e sua Dinâmica - A litosfera está em permanente transformação desde o início de sua formação, há bilhões de anos. São duas fontes energéticas que conferem uma dinâmica à litosfera: uma de forças internas ou endógenas e outra, de forças externas ou exógenas. A manifestação mais visível da ação das forças internas do planeta são registradas na superfície na forma de vulcões e terremotos. Litosfera - Forças Internas ou EndógenasA partir do núcleo e do manto, a interação entre substâncias com características químicas e físicas diferentes em condições de altas temperaturas e pressões liberam grande quantidade de energia (forças internas) que é refletido de forma dinâmica na litosfera alterando sua estrutura. Litosfera - EstruturaA manifestação da liberação desta energia é visível na superfície na forma de vulcanismo, terremotos, formação de montanhas e tsunames, que são terremotos que ocorrem no solo do oceano provocando o deslocamento de grandes massas de água, como o ocorrido na Ásia em dezembro de 2005. Litosfera - Forças Externas ou ExógenasAs forças externas ou exógenas atuam na superfície e curiosamente essas forças são contrárias entre si. Têm início na energia solar, que, ao penetrar na atmosfera, desencadeia processos, como os ventos, as chuvas ou a neve; responsáveis pelo desagaste e por esculpir as formas estruturais do relevo. Litosfera e a Tectônica de PlacasJá vimos que a litosfera não é estática, assim como também não é inteiriça, e sim dividida em uma série de placas assentadas sobre uma parte menos dura (astenosfera), e que, devido a ação das forças internas estão sujeitas a diferentes movimentos. A teoria que melhor se aplicou ao dinamismo da crosta terrestre foi a teoria da Deriva Continental, posteriormente ratificada na Teoria da Tectônica de Placas. Teoria da Deriva ContinentalEsta Teoria foi elaborada pelo geofísico alemão Alfred Wegener (1880-1930) a partir da observação do planisfério. Wegener observou que as costas da Africa se encaixavam perfeitamente nas costas da América do Sul, a partir daí, começou a encaixar os outros continentes formando um planeta primitivo com um super continente (pangéia) e um único oceano (panthalasa). Sua teoria afirmava que os continentes surgiram a partir de um super continente, que foram afastando-se (deriva) até chegarem a conformação atual. Teoria da Tectônica de Placas
Principais Placas Tectônicasimagem-Ciência hoje na escola, vol 10 - SP - SBPC - pág 20
De acordo com esta teoria a litosfera é concebida como que formada por uma série de blocos ou placas de diferentes dimensões. As placas não são fixas e movimentam-se sobre o manto, principalmente no sentido horizontal. A área de contato de uma placa com outra é marcada por uma forte atividade sísmica, pois a grande pressão que uma placa exerce sobre a outra é capaz de gerar uma enorme quantidade de energia, traduzida principalmente pelos terremotos. A Tectônica de Placas e o Movimento dos ContinentesAssociado aos limites das placas, temos também a presença de cadeias montanhosas e fossas tectônicas, além de dorsais mesoceânicas. A superfície terrestre está em permanente deriva. Com isso, os continentes se deslocam, ao mesmo tempo que o fundo de certos oceanos se alarga, como o oceano Atlântico ou se estreita como o oceano Pacífico. Pelo movimento das placas tectônicas, podemos compreender a origem dos vulcões e as zonas mais sujeitas a terremotos, bem como o processo de formação das grandes cadeias de montanhas como os Andes, os Alpes ou o Himalaia. A Tectônica de Placas e o BrasilO Brasil esta sobre a Placa Tectônica Sul Americana, que está em movimento, como as demais placas em que se divide a litosfera . O movimento produz tremores de terra, vulcanismo e elevação de montanhas na região andina, além de alterar a estabilidade de terrenos em seu interior, que inclui todo o Brasil. Terremotos no BrasilEstamos acostumados a ouvir falar da estabilidade tectônica do solo brasileiro - é ela que garante a ausência de terremotos, porém pesquisas recentes indicam que algumas regiões do Brasil como planaltos de Goiás e Tocantins ocorrem tremores de baixa magnitude, em média 10 vezes por dia, em epsódios de no máximo 4 segundos, resultante dos movimentos da placa tectônica, refletindo numa região da crosta cuja espessura não ultrapassa 43 quilômetros. Bibliografia: [ http://www.igc.usp.br/geologia/a_terra.php ] [ http://www.revistapesquisa.fapesp.br/ ]
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