Collor e a indústria automobilística nacional
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Collor e a indústria automobilística nacional



Em tempos de eleições, não custa nada relembrar um pouco do passado.


Já se vão vinte anos desde a posse de Fernando Collor de Mello. Não votei e, cá entre nós, nunca gostei do ex-governador de Alagoas, que, na época da campanha, teve uma ascensão meteórica, abrigado numa legenda de aluguel de um partido totalmente inexpressivo, o PRN. Usando como propaganda o papo furado de que representava o novo, o moderno, o título de ?caçador de marajás? foi uma de suas bandeiras, que envolveu e conquistou grande parcela da população brasileira, principalmente, uma classe média achatada e assustada, que tinha verdadeiro pavor da ?ameaça vermelha? e de ver sua poupança confiscada pelo candidato petista.


Na minha primeira eleição para presidente, já com quase 25 anos de idade, votei em Brizola, no primeiro turno, e Lula, no segundo. Atravessei toda a minha adolescência e entrei na juventude sob os anos em que não se sabia de fato o que era liberdade ou o que significava democracia. Já tinha dado com os burros n?água e sofrido uma profunda decepção com a derrota da emenda das ?Diretas, Já!? e sonhava com mudanças concretas, com um Brasil mais justo e igualitário, mas hoje consigo enxergar com clareza que o grande erro de quem viveu aquela época é que queríamos isso tudo para ontem.


Voltando ao assunto (viajei bonito), o debate entre Lula e Collor foi uma das mais encandalosas armações de toda a nossa história, quando a TV Globo, no maior descaramento, editou as cenas da contenda entre os dois candidatos de uma maneira altamente tendenciosa. Tudo isso para mostrar no Jornal Nacional da véspera do grande dia quem tinha sido o vencedor do confronto de ideias e de argumentos (Lula havia se saído muito melhor no primeiro debate realizado nessa mesma emissora).

Estou falando tudo isso sem o menor pingo de ressentimento, mas admito que o senhor Collor de Mello perdeu uma oportunidade histórica de ser um dos maiores presidentes da República de todos os tempos.


Ironias do destino à parte, foi o próprio Collor quem saqueou as economias do povão, logo após tomar posse, mas, por outro lado, não há como negar que o seu curto período como Chefe da Nação também teve alguns aspectos positivos, mesmo que o ilustre Fernandinho se caracterizasse mais por sua postura fortemente arrogante e centralizadora.

Lembro muito bem de sua visita de apresentação a alguns dos países mais desenvolvidos do mundo. No Japão, Collor lutou judô e, numa fábrica de automóveis, proferiu o célebre comentário de que o carro brasileiro era uma verdadeira ?carroça?, o que tinha lá suas verdades, pois muitos dos veículos aqui produzidos ou já tinham saído de linha em vários países ou não atendiam os mínimos requisitos que eram considerados como essenciais lá fora.

Depois disso, ao voltar para casa, Collor abriu a economia às importações. Choveu carro importado e a indústria automobilística ?nacional? teve que se adaptar às novas regras do jogo ou quebrava, não tinha outra saída, tanto é que, tempos depois, o lançamento mundial do Palio, da Fiat, foi feito aqui no Brasil.

Mas também não vamos nos iludir que o primeiro presidente eleito de forma direta depois de uma longa ditadura militar tenha sido injustiçado. Esse processo era uma tendência natural em um mundo em transformação. Foi a partir daí, início da década de 1990, que se intensificava a globalização econômica. Se não fosse ele, certamente seria outro.




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