Geografia
COLISÕES CONTINENTAIS- O INÍCIO DE TUDO
Nos seus primeiros bilhões de anos, numa era que a Geologia denomina de arqueano existe apenas alguns raros registros de vida muito primitiva (bactéria e algas unicelulares), visto que os registros geológicos confiáveis dessa era são praticamente inexistentes, porque os diversos ciclos de eventos tectônicos, de levantamento de erosão, ococorridos desde então, desgastaram e acabaram com muitas destas rochas mais antigas do planeta. Por esse motivo o estudo do arqueano torna-se difícil e altamente inseguro, o estudo dos fósseis está descartado para o estudo do arqueano, porque a vida está quase que completamente ausente nesse tempo. O que se imagina é que em alguma época pós-arqueana iniciou-se o mecanismo da tectônica de placas, e as porções continentais eram empurradas conforme a criação ou espalhamento do assoalho oceânico. Choques entre várias destas porções ou placas continentais fizeram crescer as partes emersas, ao mesmo tempo que estas diminuíam em número. A ideia que atualmente se tem é que a quantidade, em termos de superfície, de massa continental existente no planeta Terra nunca se modificou significativamente. O que mudou foi o número de placas continentais e sua configuração. Quando duas destas porções primordiais se chocam, formam daí para frente uma MASSA CONTINENTAL ÚNICA. Assim diminui o número de porções continentais, mas, em contrapartida existe um "continente" maior. A esses núcleos continentais muito antigos a Geologia chama de CRÁTONS, e sabe-se que os continentes, na sua configuração atual, são feitos de vários fragmentos, ou seja, os continentes como os conhecemos hoje são nada mais como uma colcha de retalhos, em que cada pedaço corresponde a uma massa continental antiga (os crátons). Algumas regiões como a Groelândia ou o Canadá que são constituídas de um único cráton. Já outras regiões são feitas de vários crátons.
Canadá
Fonte de pesquisa: Do Mar ao Deserto (Michael holtz)
LEITURA RECOMENDADA:
ALLEGRE, C. A espuma da Terra. Lisboa: Gradiva, 1988. p. 299
Trata-se de uma das raras obras sobre geologia geral e tectônica de placas traduzidas para o português. É muito bem escrito, narrando toda a epopeia do estabelecimento da Teoria da Tectônica de Placas e de como ela modificou a ciência geológica.
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