Segundo matéria da Zero Hora (aqui), somente em Porto Alegre, até a manhã de ontem havia chovido 258,9 milímetros ? 184% da média histórica e maior índice verificado em um mês de agosto desde 1987, quando a cidade anotou 278 milímetros. Se essa diferença for superada até o final do mês, o que é possível, os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que o recorde seguinte a ser quebrado seria o do distante agosto de 1965, quando 330 milímetros de chuva desabaram sobre os porto-alegrenses.
Parece que, como previu a Agência Nacional Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o El Niño já está fazendo das suas. Com quase o dobro de precipitação normal para o mês de agosto, as inundações já afetam as populações ribeirinhas da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Os rios Caí, Gravataí, Sinos, Taquarí e Jacuí, que deságuam no Guaíba, estão com seus níveis bem acima do normal. O problema maior é a chuva nas cabeceiras (nascentes) destes rios, que faz com que, nos próximos dias, a situação da população possa piorar.
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E o pior é que, quando se fala em população atingida, são os pobres os atingidos. Pois estes, não tem condições de adquirir um lote urbanizado, com infra-estrutura, em locais próprios para acentamendos humanos. Eles ocupam áreas inpróprias, como as encostas dos morros, fundos de vales, junto a rios e córregos, sujeitos aos efeitos das chuvas. Nas cidades, não há planejamento. E sem os investimentos necessário em infra-estrutura, saneamento e habitação, os problemas só tendem a aumentar.