Os fatos saltam-nos a vista e "falam" por si só.
Vejamos dois casos emblemáticos: Favela Olga Benário - Parque Engenho Novo - Bairro Capão Redondo cidade de São Paulo e Fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista
As duas áreas foram ocupadas. A localizada no Capão redondo pertence à Viação Campo Limpo e foi ocupada a 2 anos por moradores sem-tetos e a localizada em Iaras pertence a União que foi ocupada pos fazendeiros (agora está nas mãos da Cutrale).
Vamos aos fatos:
No dia 24 de agosto de 2009, a pedido da Justiça, a PM retirou cerca de 800 famílias da área de 14 mil metros quadrados e as jogou na rua. A elite paulistana através do seu braço ideológico(grande mídia) aplaudiu! "onde já se viu, invadir terras dos outros" "
No dia 27 de setembro de 2009 o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) através de uma ocupação-denúncia mostrou para a sociedade mais um "grilo" de terras públicas. (roubo de terra do Estado, muito praticado entre os latifundiários). As terras são consideradas pertencentes ao Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e que pertencem à União. A fazenda Capim, com mais de 2,7 mil hectares, foi grilada pela Sucocítrico Cutrale, uma das maiores empresas produtora de suco de laranja do mundo, para a monocultura de laranja.
Só que a frase " onde já se viu, invadir terras dos outros", denunciando os crimes dos fazendeiros, não ecoou em nenhum meio de comunicação. Serviu sim para novamente criminalizar o MST, movimento responsavel pela denuncia de um dos mais abimináveis crimes agrários praticados no Brasil - a grilagem de terras públicas.
O mais absurdo ainda é que a justiça brasileita (via entrevistas do Presidente do Supremo) foi conivente ao crime de "colarinho branco", se posicionnado favorável à elite econômica criminalizando novamente os movimentos sociais, autores da denuncia.
Conclusão:
A "Elite" paulistana pode despejar famílias que ocuparam terrenos de especuladores na capital, mas os movimentos sociais não podem despejar a CUTRALE que ocupou ilegalmente terras públicas da União.
Esse é o consenso que eles querem perpetuar:
Isso pode:
Isso não pode:
Basta!!
- Pela Retomada Das Terras Da União Invadidas Pela Cutrale
24 de agosto de 2011 Da Página do MST O MST promove campanha pela retomada das áreas da Cutrale e lança três documentos de abaixo-assinado para ser enviado às autoridades envolvidas no caso por e-mail. O Movimento luta pela retomada das...
- Mst Ocupa área Grilada Da Cutrale Em Iaras
Da Página do MST Cerca de 400 integrantes do MST ocupam desde as 6h, desta segunda-feira (22/8), a Fazenda Santo Henrique, de 2,6 mil hectares, no município de Iaras, na região de Bauru. A ocupação realizada no município de Iaras reivindica a...
- Caso Cutrale: Trabalhadores Sem-terras São Inocentados E Processo é Arquivado
por Juliana Sada Em janeiro deste ano, a Justiça decidiu pela libertação dos trabalhadores sem-terra acusados de praticar crimes durante a ocupação de uma fazenda pertencente à empresa Cutrale, produtora de suco de laranja. Além disso, o processo...
- Incra Confirma: Fazenda "roubada" Pela Cutrale Pertence à UniÂo
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem certeza de que são propriedade da União os cerca de 2 mil hectares utilizados pela empresa Cutrale para produção de laranja em Borebi (SP). A afirmação foi feita pelo superintendente...
- "mais Uma Vez Mídia E Ruralistas Investem Contra O Mst"
Mais uma vez mídia e ruralistas investem contra o MST A Coordenação Nacional da CPT vem a público para manifestar sua estranheza diante do “requentamento” por toda a grande mídia de um fato ocorrido na segunda feira da semana passada, 28 de...
Geografia