Imagem capturada na Internet
Não tenho boas notícias quanto à nova gripe a nível nacional. No país, com a confirmação dos últimos resultados de exames, o número de mortes provocadas pela Gripe H1N1 subiu para 488. E junto com estes novos números, o país ultrapassou o índice da Argentina (439) , passando a ocupar a segunda posição na lista dos países com o maior número de mortes. O país só ficou atrás dos Estados Unidos que lideram 522.
O mais engraçado é fazer uma retrospectiva da Gripe H1N1 em nosso território e perceber como certos discursos e atitudes poderiam ter sido evitados.
No entanto, não podemos garantir que se isso acontecesse, o rumo seria outro, mas com certeza, poderíamos afirmar que desde o início levamos a ?coisa? de forma mais séria, tal como se fazia necessário e, ainda, se faz.
Hoje, mesmo, assistindo uma entrevista sobre a Gripe H1N1 na TV Aparecida (TV fechada), foi exibido um documentário a respeito da doença no mundo, inclusive, colocando a trajetória da mesma no Brasil.
O documentário exibiu a fala do nosso presidente, na época em que a referida gripe ainda não havia chegado ao nosso país.
Numa conjuntura totalmente díspare com a nossa situação atual, a cena exibia o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva com capacete na cabeça (junto com uma comissão). Em sequência, este ao começar a responder o repórter, se benze, alegando que graças a Deus a gripe ainda não havia chegado ao país... E, esboçando um sorriso, afirma que a sua expectativa é que esta nem chegue ao mesmo.
Mas, infelizmente, o rumo foi outro. Vamos relembrar...
A doença chegou ao país e as primeiras vítimas foram internadas no final de abril e início de maio, incluindo vítimas em nosso município (Rio de Janeiro) e nos estados de São Paulo e de Minas Gerais.
No dia 08 de maio, o número de casos confirmados com a nova gripe já totalizava 6 pessoas (só com a doença).
No dia 11 de maio, o país já com contava com 8 casos confirmados, estando o estado do Rio de Janeiro à frente, com o maior número de vítimas acometidas pela Gripe H1N1 (3).
Um mês depois, no dia 11 de junho, a doença já era registrada em 74 países, totalizando 27.737 casos confirmados e 141 mortes. Em razão destes números, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a situação de uma pandemia.
No Brasil, o número de vítimas confirmadas pela Gripe H1N1 era na ordem de 43. O Rio de Janeiro, com 9 vítimas, ocupava a segunda posição, atrás de São Paulo, com 18 casos confirmados com a nova gripe.
Onze dias depois, no dia 22 de junho, o Brasil já contabilizava 240 casos confirmados da doença, permanecendo o estado de São Paulo na frente (110), seguido por Santa Catarina (32), Rio de Janeiro (30), Distrito Federal (13), Rio Grande do Sul (7), Espírito Santo (6), Tocantins (4), Mato Grosso e Paraná (3), Bahia e Goiás (2), Alagoas, Rio Grande do Norte e Maranhão (1).
No mesmo mês, no dia 28/06, foi confirmada a primeira morte provocada pela Gripe H1N1 no país. A vítima foi um caminhoneiro, de 29 anos, da cidade de Erichim, no Rio Grande do Sul.
No dia 15 do mês de julho, o Brasil já registrava 1.175 casos confirmados pela doença e quatro mortes.
No dia seguinte, com a divulgação do resultado dos exames, o número de vítimas fatais subiu para 11, sendo o maior número de óbitos no Rio Grande do Sul (7), seguido por São Paulo (3) e Rio de Janeiro (1). Foi a primeira vítima fatal, registrada em nosso estado (uma adolescente).
Foi à partir desta data que ficou constatada a circulação livre do vírus em território nacional, não se restringindo apenas ao contato direto e/ou indireto com pessoas que viajaram para o exterior ou por terem viajado.
No dia 28 de julho, a nova gripe ultrapassou a área geográfica de maior incidência no país, o Sul e Sudeste, e fez a primeira vítima no Nordeste (Paraíba). O número de óbitos no país já contava 56, tendo o estado de São Paulo o maior número de vítimas fatais (27), seguido pelo Rio Grande do Sul (19), Rio de Janeiro (5), Paraná (4) e Paraíba (1).
No início deste mês, no dia 04 de agosto, este número já registrava 92 mortes em todo o país. Em nosso estado, o número de vítimas apontava 16.
Quatro dias depois, este número subiu para 28 mortes em nosso estado (RJ), sendo que, no país, o total era de 169 vítimas.
No dia seguinte, 9 de agosto, com a divulgação dos resultados de exames que confirmavam a presença do vírus Influenza A, o número subiu para 182 mortes.
Em 14 de agosto, com 339 mortes confirmadas pela nova gripe, o Brasil passou a ocupar a terceira posição no ranking dos países com o maior número de mortes causadas pela doença no mundo.
Há dois dias (20/08), este número já ultrapassava 368 óbitos, estando em primeiro lugar, com 151 mortes, o estado de São Paulo, seguido por Paraná (119), Rio Grande do Sul (84), Rio de Janeiro (45), Santa Catarina (10), Minas Gerais (7), Paraíba (2), Distrito Federal (1), Bahia (1), Mato Grosso do Sul (1), Pará (1), Pernambuco (1) e Rondônia (1).
Com a divulgação dos resultados dos últimos exames, ontem, dia 21 de agosto, o país aparece em segundo lugar, no cenário mundial, com 488 mortes, conforme mencionei no início desta postagem.
Em relação ao levantamento de mortes provocadas pela doença nas unidades federativas do país, os registros revelam: São Paulo ? mantendo o primeiro lugar ? com 179 mortes, seguido por Paraná (142), Rio Grande do Sul (93), Rio de Janeiro (47), Santa Catarina (11), Minas Gerais (8), Paraíba (2), Bahia (1), Pará (1), Rondônia (1), Mato Grosso do Sul (1), Amazonas (1) e o Distrito Federal (1).
Infelizmente, o vírus foi transportado, chegou ao país, proliferou-se, circulando livremente e provocando mortes. Espero que a previsão de queda nos números de infectados e óbitos se confirme e o vírus, assim como a gripe sejam controlados.
Antes mesmo que a vacina chegue ao nosso país.
Fonte dos últimos dados: Folha OnLine