Acidente com a usina nuclear de Chernobyl faz 20 anos
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Acidente com a usina nuclear de Chernobyl faz 20 anos







Acidente com a usina nuclear de Chernobyl faz 20 anos
26/04/2006

O ex-diretor da usina, Viktor Bryukhanov, ficou dez anos preso por negligência e afirma que o mundo ainda não entendeu qual a direção que deve tomar no caminho por alternativas energéticas, mesmo após o que aconteceu em Chernobyl. A história e as tecnicalidades a respeito da construção da usina ucraniana, no entanto, parecem dizer que o ocorrido foi uma exceção e não se repetirá. Conforme este site já noticiou antes, ambientalistas e grupos que se opõem ao uso da energia nuclear tratam o acidente em Chernobyl como um fator contra a utilização da energia nuclear como um todo. Essa idéia não se confirma, se analisarmos as causas do acidente ocorrido em 26 de abril de 1986. O Ministério da Ciência e Tecnologia dá em seu site uma explicação dificilmente encontrada na mídia: a maneira como se deu a construção da usina contou com erros causadores da explosão. O reator é o coração de uma usina nuclear. Nele reside todo o eventual perigo. Ele deve estar envolto por um vaso de contenção feito de aço especial, com dez centímetros de espessura, que tem a finalidade de conter uma eventual explosão do reator. Esse vaso, por sua vez, deve estar protegido por uma camada de concreto armado com cerca de um metro de espessura, que tem a finalidade de agüentar um impacto direto de algo como uma bomba atômica ou um avião Jumbo. O reator número quatro de Chernobyl, que explodiu, estava situado num simples galpão industrial, sem quaisquer das proteções necessárias, e, portanto, incapaz de conter uma possível emissão de gases. Isso faz pensar que, caso os procedimentos corretos de segurança tivessem sido seguidos, o acidente teria sido contido.
Local onde explodiu o reator de Chernobyl
Desse modo, a questão não seria impedir o uso da energia nuclear, num momento em que se faz necessária a busca por alternativas energéticas diante da impossibilidade de se permanecer utilizando apenas fontes de energia não-renováveis e causadoras de problemas ambientais, como os combustíveis fósseis. É preciso usar a energia nuclear da forma correta, de modo que sejam evitados os acidentes e seja dado o destino mais apropriado ao lixo atômico resultante da atividade das usinas. Viktor Bryukhanov afirma, em entrevista à agência Reuters, que as investigações oficiais sobre o desastre foram uma farsa para isentar a indústria nuclear de culpa e fizeram parte de uma operação internacional mais ampla cujo objetivo era esconder os riscos da energia nuclear. Com isso, não estariam sendo estudadas as reais causas da explosão para evitar que acidente semelhante aconteça novamente. A União Européia mostrou a sua preocupação quanto aos procedimentos adotados pela usina de Ignalina, construída na Lituânia a partir do mesmo projeto que deu origem à usina de Chernobyl. Apesar de, depois do acidente na Ucrânia, a capacidade dos reatores de Ignalina ter sido reduzida de 1500 para 1300 megawatts de potência, o país só foi aceito no bloco europeu depois que concordou em desativar toda a sua usina até o ano de 2009. No ano de 2000 ainda existiam no mundo 17 reatores do tipo RBMK ? o modelo usado em Chernobyl, gerador de plutônio ? em funcionamento, sendo quatro na Ucrânia, 11 na Rússia e dois na usina de Ignalina. Há especialistas que acreditam que o modelo RBMK, em si, já representa um fator problemático, por utilizar grafite como moderador e por ser instável quando em baixa potência. Em 18 de abril último o jornal O Globo noticiou que, segundo a organização Greenpeace, o número de vítimas fatais do acidente em Chernobyl teria sido muito superior à estimativa de 4 mil mortos feita pela AIEA ? Agência Internacional de Energia Atômica. O grupo ambientalista afirmou que ficaram fora das estatísticas 93 mil casos de mortes decorrentes de câncer. No total, teriam sido 200 mil vítimas fatais, cujas mortes teriam sido causadas por problemas cardiovasculares e vários tipos de câncer. Na verdade, há polêmica em torno das conseqüências do acidente com a usina, conforme a Economist noticiou na semana passada na matéria Nuclear fallout.
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