A bicicleta e o meio ambiente
Geografia

A bicicleta e o meio ambiente




Ciclovias no Rio de Janeiro

Reforçando o que eu disse na postagem anterior, encontrei um texto bem legal, de autoria do Senador Eduardo Suplicy, abordando o mesmo tema.

Senador Eduardo Suplicy

Achei conveniente colocá-lo aqui no Geografia e tal, exatamente para mostrar que o uso da bicicleta vai muito além de uma agradável opção de lazer para passeios de fim de semana ou feriados. É, sim, uma alternativa viável de transporte para o dia-a-dia de muitas cidades.

Leia e reflita.


Ciclovia em Maringá

A bicicleta ganha importância no mundo. O ciclismo atravessou fronteiras e continentes. A cada dia tem se mostrado uma das melhores e mais saudáveis alternativas de transporte. É imprescindível que as pessoas se conscientizem disso e respeitem seus adeptos.

Na Cidade Luz, Paris, a partir do dia 15 de julho, um dia após o aniversário da revolução francesa, mais de 20 mil bicicletas serão disponibilizadas pelo Poder Público em 1250 locais diferentes, sobretudo nas estações de metrô, para que a população possa se locomover. Mediante o pagamento de uma pequena taxa anual a pessoa poderá retirar uma bicicleta e pedalar até o lugar onde precisa ir. Em Lyon, um serviço semelhante já funciona há dois anos com muito sucesso.

Na Bélgica, em cidades como Bruxelas e Antuérpia, esse sistema também foi adotado. Em Bruxelas, com o depósito de uma caução, as pessoas utilizam uma bicicleta à vontade. Elas podem pedalar para qualquer ponto da cidade onde haja um estacionamento e, ao devolverem a bicicleta, retiram o dinheiro depositado, portanto o uso deste transporte é gratuito.

Na Alemanha, onde estive recentemente, mais precisamente em Berlim e em Karlsruhe, pude testemunhar o uso crescente de bicicletas. Em Berlim, há um sistema de bicicletas públicas, cuja localização é controlada por satélite. O custo é de oito centavos de euro por minuto, chegando ao máximo de 15 euros por dia. Este custo pode baixar para seis centavos de euro por minuto se a pessoa, ao pegar a bicicleta em qualquer ponto da cidade que escolher, telefonar para a empresa que administra o sistema e informar o número do seu cartão de crédito.

A China, país que sempre chamou a atenção pelo uso da bicicleta, vive hoje a invasão automobilística, fato que tem preocupado as autoridades. Na capital da China mais de 2,4 milhões de pessoas que diariamente se locomovem de bicicleta. "Uso bicicleta desde a escola", diz o famoso ambientalista chinês Liang Congjie, "Mas nos últimos anos não me sinto seguro nas ruas de Pequim. Tenho de pegar táxi, porque cada vez mais automóveis utilizam os caminhos das bicicletas. Os veículos particulares agora são verdadeiros déspotas do asfalto", afirma.

No Brasil varias são as cidades onde a bicicleta é usada como um dos grandes meios de locomoção pela população. Campo Bom, no Rio Grande do Sul; Joinville, em Santa Catarina, e tantas outras que vem servindo de exemplo para o incentivo ao uso da bicicleta. Em São Paulo, cidade de trânsito intenso e terreno acidentado, o Prefeito Gilberto Kassab, sancionou, em fevereiro último, uma lei de autoria do Vereador Chico Macena (PT), criando o sistema cicloviário do município. Estão previstas inúmeras medidas para facilitar o uso das bicicletas.

O Rio de Janeiro tem hoje muito mais ciclovias do que São Paulo. É muito importante que os responsáveis por São Paulo, Rio de Janeiro e demais municípios brasileiros estudem seriamente a possibilidade de instituir o sistema de bicicletas públicas que em período recente vem tendo grande aceitação nas cidades européias. Inclusive transmiti à ministra do turismo, Marta Suplicy, que seria interessante ela estimular os municípios que recebem muitos turistas e que tem a sua topografia propicia, para implementarem um sistema de bicicletas públicas.


Ciclovia na Marginal Pinheiros, São Paulo

Em Brasília, cidade considerada ideal para o uso de bicicletas, com todas as suas vantagens viárias e topográficas, muitas são as entidades e organizações não governamentais, como a "Rodas da Paz", que vem se unindo para implementar iniciativas que visem estimular o uso desse meio de transporte. Durante muito tempo, por exemplo, o deputado Fernando Gabeira pedalou entre o hotel onde morava e a Câmara dos Deputados. Um de meus funcionários, Luciano Coiro, enquanto morava próximo ao Senado, ia trabalhar de bicicleta.

A ONG "Rodas da Paz" está divulgando os dez mandamentos para uma convivência pacífica entre os ciclistas e os que andam de automóvel. Está na lei que a preferência é sempre do menor veículo. É importante que os motoristas, por exemplo, sempre mantenham distância lateral de 1,5m do ciclista, reduzam a velocidade ao ultrapassar o ciclista, dêem preferência ao ciclista, sempre sinalizem e nunca joguem nada no ciclista. Quando se está dirigindo um automóvel, é fundamental sempre acionar o pisca-pisca ao entrar à direita e verificar se porventura não há um ciclista à direita ou à esquerda. Para o ciclista, é muito importante que siga as recomendações de nunca andar na contramão dos automóveis, que use sempre o capacete e os equipamentos de segurança, que pare na faixa de pedestre, que atravesse na faixa como um pedestre e que seja muito prudente.

O transporte por bicicleta fica muito mais barato, com enorme vantagem para certas distâncias, além de fazer bem à saúde colabora para que não se polua o meio ambiente. Estimular o uso de bicicletas em cidades brasileiras por meio do sistema de bicicletas públicas, ciclovias, e campanhas de esclarecimento sobre o respeito e os cuidados para com os ciclistas constitui medida de muito bom senso.
Eduardo Suplicy é senador pelo estado de São Paulo.


http://www.senado.gov.br/senadores/Senador/esuplicy/

Texto extraído do site:

http://www.assuntoprincipal.com.br/index.php?Itemid=120&id=1372&option=com_content&task=view

Ciclovia em Florianópolis




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