Hoje, 25 de agosto, se comemora o Dia do Soldado.
Não importando qual seja a força armada que este pertença (Exército, Aeronáutica, Marinha e o efetivo da Polícia Militar), o dia 25 de agosto é dedicado ao todo soldado brasileiro.
Instituída no dia 09 de agosto de 1957, durante o governo de Juscelino Kubitschek, a escolha da data - 25 de agosto - se deu em razão desta ser o dia do nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro e do município que leva o seu nome.
O município de Duque de Caxias, localizado na Baixada Fluminense e integrado à região metropilitana do Rio de Janeiro, é considerado um dos maiores pólos industriais do estado.
Criado em 31 de dezembro de 1943, o município se destaca também a nível de comércio, que é bastante diversificado.
É contrastante a diferença de preço entre os mesmos produtos e/ou similares encontrados neste com o comércio do município do Rio de Janeiro.
Com uma área de 465 Km², além da Baía de Guanabara, Duque de Caxias faz limite com os seguintes municípios: Magé, Petrópolis, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti e Rio de Janeiro.
O município fica a 35 Km de distância da capital do estado do Rio de Janeiro. Sua população é estimada em 864.392 habitantes (IBGE/2008).
Imagens capturadas na Internet
Minha ligação maior com o referido município remonta o ano de 1984, quando iniciei a minha carreira do magistério na rede pública de ensino.
Na época como professora primária, sob o contrato de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), na Escola Estadual Hélio Rangel, localizada na rua 5, s/n°, em Jardim Primavera, 2° Distrito do município. A Diretora Geral, na época, era a Profª Neudima Lima Luna.
Lembro-me muito bem das vicissitudes, por quais passei em razão dos meios de transporte. Na época, eu fazia uso tanto de ônibus quanto de trem do Ramal Leopoldina da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA).
O ônibus, eu só usava quando vinha da faculdade (Geografia), na Universidade Federal Fluminense, em Niterói. Já o trem sempre era utilizado ao retorno para casa, assim como na entrada à escola, quando eu vinha direto de casa.
Eu tinha que almoçar cedo, por volta das 10h45min, pois tinha que andar um bom trecho a pé até chegar na estação ferroviária da Penha e, lá, esperar o trem elétrico.
O trecho percorrido por este não ia até ao bairro da minha escola, tendo que fazer baldeação na estação de Gramacho (bairro do 1° Distrito de Duque de Caxias), onde pegávamos um outro trem, puxado pela máquina à óleo, em direção à Jardim Primavera (2° Distrito).
As locomotivas puxadas pela máquina à óleo, por serem mais antigas, apresentavam péssimas condições de conservação. Nos dias de chuva, nós tínhamos que abrir o guarda-chuva em seu interior, pois não haviam janelas e, raramente, as portas fechavam.
Muitos vendedores ambulantes transitavam em seu interior, vendendo doces sem embalagem plática por unidades (doce de leite, de amendoim, por exemplo). Estes segurando o pacote plástico com os doces, quase sempre, com as mãos imundas ou encostando os mesmos na blusa suja.
Ah, havia outra situação bastante interessante... Era muito comum, no trajeto de volta, escola-casa, o maquinista acenar para nós nas proximidades da estação do trem (Jardim Primavera), enquanto a gente corria para não perder o trem.
Essas lembranças me marcaram muito...
Depois fui para a Escola Estadual Guadalajara, localizada na rua Aristides Caire, s/n°, bairro Olavo Bilac, no mesmo município. A Diretora Geral, na época, era a Profª Josefa Fernandes Ramos. Eu, ainda, era professora primária.
Foi nesta escola que, pela primeira vez, organizei e os meus alunos da 4ª série fizeram uma apresentação para os dois turnos, inclusive, para as turmas do ginásio, cantando ?Aquarela Brasileira? (Silas de Oliveira), por ocasião das comemorações da Independência do Brasil (7 de setembro). Foi lindo!
Nesta escola, tive o prazer de conhecer e trabalhar com Miguel Angelo da Luz, que era professor de Educação Física e, depois, foi técnico da Seleção Brasileira de Basquete. Atualmente, ele trabalha no Flamengo.
A referida escola foi elevada, depois (desconheço a data), à categoria de Colégio, oferecendo o Ensino Médio. Ela chegou a ser premiada pela UNESCO por projetos inovadores no âmbito da arte dramática, questões ambientais, entre outros, com os objetivos de melhorar o desempenho escolar e reduzir a violência no âmbito desta. Por isso, apoiou-se também na abertura da escola para a comunidade e para as famílias.
Desde a minha época de exercício docente, o bairro já apresentava problemas sociais ligados à violência e ao tráfico de drogas.
Esta questão, tão presente nas escolas e nas adjacências, é contextualizada no filme "Pro dia nascer feliz", onde os problemas vivenciados na referida escola são tratados.
É um filme que deve ser assistido e discutido, pois ele traduz a realidade de muitas escolas e, de certa forma, algumas tendências tomadas por muitos face a esta situação e que, de certa forma, parece não resolver todos os problemas por completo.
Eu tive a oportunidade de assistí-lo na outra escola em que trabalho (E.M. Dilermando Cruz), por ocasião de um Centro de Estudos (CE).
Vejam o trailler AQUI
Eu desconhecia, mas há também um outro vídeo-documentário sobre a referida escola, realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que trata as questões raciais. O nome do vídeo-documentário é "Se eles soubessem..."
Eu, ainda, não pesquisei a forma de obtê-lo para exibição, mas encontrei um trailler deste no You Tube, também. Acessem AQUI.
Infelizmente, eu não pude ter estas experiências com eles. Muitas coisas mudaram e um projeto deles que eu tenho interesse em conhecer é a do Rádio Escolar. Acredito que não tenha chegado ao nível de ser Comunitária.
Bom, mas voltando a mim... Logo depois, entrei de licença para estudos (Mestrado) e, por causa do tempo, perdi a minha escola de origem. Trabalhei alguns anos, à noite, no município do Rio e ? depois ? solicitei exoneração.
Fui morar no Tocantins, casei e tive a minha filha. Antes dela nascer, eu já havia retornado ao Rio de Janeiro (ela é carioca, como eu).
Em 1998 tentei novo concurso para o Magistério, porém voltado para o Segundo Segmento do Ensino Fundamental (antigo ginásio) e passei. Detalhe, na hora da inscrição, optei pelo município de Duque de Caxias, no qual estou lotada, até hoje, na Escola Estadual Assis Chateaubriand.
Nesta, além da minha atuação como professora regente, pude alcançar um maior aprofundamento em termos de elaboração de Projeto Político Pedagógico, do uso de Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) nas práticas escolares, noções de Informática Educativa e o exercício como Orientadora Tecnológica.
Igreja de Nossa Senhora do Pilar, próxima da E. E. Assis Chateaubriand
Imagem capturada na Internet
Talvez muitos estejam perguntando as razões deste discurso todo... Mas, aproveitando o motivo da data comemorativa, do patrono do exército e do município que recebeu o seu próprio nome, eu preferi falar primeiro da minha relação com a cidade de Duque de Caxias. Até porque, estou aguardando o meu processo de remanejamento para uma escola no município do Rio.
Os motivos, eu já expus em outra postagem (problemas de saúde da minha mãe e cuidados maiores com a minha filha).
Sendo assim, em breve, deverei sair de Duque de Caxias, mas com certeza, a minha relação com os serviços que este presta à sociedade e os amigos que conquistei vão manter a minha ligação e presença por muito tempo...
Imagem capturada na Internet
Links:
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
FEUDUC / Fundação Educacional Duque de Caxias
UNIGRANRIO / Universidade do Grande Rio