O imperador D. Pedro II estava em Petrópolis, quando os militares invadiram a sede do governo monárquico (o Quartel-General do Exército, hoje, Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro) e instituíram a República.
Segundo os registros da história do Brasil, o Marechal Deodoro da Fonseca se encontrava em casa e doente, sofrendo ataque de dispneia (falta de ar/dificuldades para respirar), quando foi chamado para comandar o golpe militar. Ele não era contra a Monarquia, pelo contrário, ele a considerava a melhor forma de governo para o Brasil e tinha amizade com o imperador, segundo fontes bibliográficas.
?Eu queria acompanhar o caixão do imperador, que está idoso e a quem respeito muito. Mas o velho já não regula bem. Portanto, já que não há outro remédio, leve a breca à Monarquia. Nada mais temos a esperar dela. Que venha, pois, a República.?
Seu apoio aos republicanos teve a influência de alguns republicanos convictos, sobretudo, a de Benjamin Constant, estadista, militar e professor, que desde o início do mês de novembro já conspirava para a derrubada da Monarquia.
O golpe militar estava previsto para ser realizado no dia 20 de novembro, mas acabou sendo antecipado em consequência de diversos boatos que se espalharam pela cidade, acerca da prisão do Marechal Deodoro da Fonseca e de Benjamin Constant e outros feitos, como por exemplo, a extinção do próprio Exército e sua substituição pela Guarda Nacional.
Não houve violência, derramamento de sangue e nem resistência durante a tomada de poder e a Proclamação da República.
D. Pedro II que estava em Petrópolis soube dos acontecimentos através do major Sólon Ribeiro, que foi até à cidade serrana para comunicar a Proclamação da República e, consequentemente, o fim da Monarquia no Brasil. Temerosos pela ocorrência de manifestações em prol da Monarquia, D. Pedro II e sua família foram obrigados a partir para Portugal no dia 17 de novembro.
Em sua carta de despedida ao povo brasileiro, data de 16 de novembro de 1889, D. Pedro II disse:
"À vista da representação escrita que me foi entregue hoje, às três horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir, com toda a minha família, para a Europa, deixando esta Pátria de nós tão estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação, durante quase meio século que desempenhei o cargo de chefe de Estado. Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo os mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade."
Na verdade, o povo desconhecia os fatos reais, não tendo participação direta e/ou indireta com o evento político da derrubada da Monarquia e a implantação da República.
Com a proclamação da República, o governo provisório estabelecido sancionou o primeiro Decreto, redigido por Rui Barbosa, no qual constituía a forma de governo em República Federativa, tendo as antigas províncias junto com a federação, a denominação de República dos Estados Unidos do Brasil (1891-1969). Atualmente, lê-se República Federativa do Brasil (desde 1969).
Para saber sobre o processo político da Proclamação da República, leia AQUI!
Fontes de Consulta:
. Bonde
. DUARTE, Marcelo. O Guia dos Curiosos. Panda Books, São Paulo, 2011, 584 pp.
. Império do Brasil
. Material didático particular
. Mundo Vestibular
. Wikipedia